1000 pétalas

1000 pétalas

Através de um livro de 1952, O reverendo Leadbeater, adepto da teosofia, induz em erro os seus leitores, com uma informação menos exacta acerca do sahásrara. Publicamos um texto do Mestre Goswami, onde se corrige tal erro.

               Devido às deficiências que existem na compreensão dos princípios do Yôga, tem havido muitas ilusões e incompreensões sobre os chakra e sobretudo sobre a kundaliní. Eis como exemplo a interpretação dos teósofos sobre o assunto. Para começar, os teosofistas adquiriram os seus conhecimentos sobre Kundaliní e os chakra, nos trabalhos sânscritos que tratam do assunto. Mas, em seguida, as narrações originais foram distorcidas, quer propositadamente, quer devido a uma falta de compreensão, que necessita, em primeiro lugar, de conhecimento técnico e em segundo lugar das instruções directas de um Mestre. Vamos dar um exemplo: C. W. Leadbeater (Leadbeater, C. W., Os chakras, The Theosophical Publishing House, Adyar, Madras 20, Índia, 1952, na p. 20) diz que o chakra coronário, (o sahásrara), descrito nos livros indianos como tendo mil pétalas, o que não está nada longe da realidade, tem somente, 960 irradiações (i. e., pétalas) da sua força primária no círculo exterior. Significa que o sahásrara teria somente 960 pétalas em vez de 1 000. Isto indica uma completa falta de compreensão da organização do sahásrara. O sahásrara é a expansão do bíndu pránico que está num estado supremamente concentrado quando o prána se torna patente e causa uma emissão de 50 unidades-força, e cada uma destas unidades é    multiplicada    20 vezes para manifestar a sua plena criatividade. Isto significa  50 x 20 = 1 000, e assim, o sahásrara tem exactamente 1 000 pétalas, nem mais, nem menos.

Podemos não ter nada contra uma experiência pessoal ou de grupo de pesquisa, mas quando tais experiências recentemente adquiridas são apresentadas para desafiar as antiquíssimas experiências yôgis, que têm sido verificadas pelos yôgis desde tempos imemoriais, torna-se como uma ‘rã num poço a desafiar uma rã do oceano’.”

Shyam Sundar Goswami, Laya Yôga, p. xvii

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